INVENTÁRIO DE FEIÇÕES EROSIVAS DA SUB-BACIA RIBEIRÃO JOSÉ PEREIRA E MONITORAMENTO DE SUA EVOLUÇÃO EM IMAGENS DE SATÉLITE SPOT 4 E SPOT 5

Resumo

O método MAXVER aplicado na classificação da imagem do satélite SPOT4, de 2002, apresentou a melhor acurácia e precisão em relação às demais, apesar de apresentar resolução espacial inferior e ainda possuir resolução espectral igual nas bandas multiespectrais. No entanto, o número de classes de uso e ocupação identificadas para a elaboração do mapa de 2002, foi 5. Já o mapa de 2010 apresentou 6 classes e o mapa de 2005 apresentou 7 classes, isto em função da melhor resolução espacial que permitiu a identificação mais detalhada dos usos e ocupação na área de estudo. No entanto, apesar do maior número de classes, também ocorreu maior confusão entre as amostras coletadas para a classificação. Outro fator importante que pode estar relacionado à melhor acurácia e precisão do mapa de 2002 é a composição das imagens RGB, já que nenhum satélite SPOT apresenta a banda azul e, por isto, dificulta a obtenção de cores verdadeiras. A ferramenta OTB não apresentou grandes melhorias em relação ao MAXVER na elaboração dos mapas de uso e ocupação do solo, o que não era de se esperar por ser uma ferramenta que pode processar imagens ópticas, multiespectrais e de radar de alta resolução. Os melhores resultados da classificação foram dos anos de 2010, com maior acurácia e precisão, seguido do ano de 2005 e depois de 2002. Contudo, considera-se que as imagens do satélite SPOT disponibilizadas gratuitamente são de grande valia para o monitoramento de processos erosivos em áreas maiores que 4000 metros quadrados. Por fim, conclui-se que as imagens de satélite auxiliam fortemente no processo de identificação de feições erosivas, porém, a visita a campo sempre é necessária, principalmente para o reconhecimento de áreas menores de feições erosivas.