VALORIZAÇÃO DE RESÍDUOS DO CAROÇO DE AÇAÍ PARA ENERGIA RENOVÁVEL: CARACTERIZAÇÃO TÉRMICA E QUÍMICA.

Autores

  • Camily Maggioni Nunes
  • Hugo Perazzini

DOI:

https://doi.org/10.29327/1386870.6-67

Palavras-chave:

Açaí, Dtg, Pirólise.., Termogravimetria

Resumo

Uma análise termogravimétrica do caroço de açaí revelou informações valiosas sobre seu potencial como fonte de energia. Durante a pirólise, foram apresentados três eventos principais: desidratação, volatilização e carbonização. A volatilização, entre 220°C e 350°C, foi o estágio mais significativo, com uma perda de 44,81% da massa. É importante destacar que o caroço de açaí apresentou um perfil de pirólise simplificado, com um único pico principal na faixa de temperatura da hemicelulose, ao contrário de outras biomassas, como o bagaço de laranja, que apresenta múltiplos picos, tornando o processo de conversão térmica mais controlável e eficiente. Além disso, uma análise química revelou que o caroço de açaí possui uma alta concentração de hemicelulose (44,48%) em relação à celulose (13,61%), o que o torna adequado para processos de conversão em biomassa líquida, como a produção de etanol. A presença significativa de lignina (21,63%) também o torna promissor para processos de térmicos controlados, contribuindo para a produção de biocombustíveis e produtos químicos. Comparando-o com o bagaço de cana-de-açúcar, que possui uma alta concentração de celulose, o caroço de açaí se destaca pela presença de hemicelulose e lignina. A escolha entre celulose e hemicelulose depende dos objetivos do processo de conversão. Esses resultados ressaltam a importância da avaliação da composição química ao considerar o caroço de açaí como fonte de biomassa para geração de energia limpa. A escolha do processo de conversão mais adequado deve levar em consideração a composição química específica e os objetivos da produção de energia a partir dessa biomassa.

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Publicado

19.06.2024