Lugares incendiários: imagens e distopias contemporâneas implicações do fogo no movimento feminista

Resumo

Ao fim do relatório, entende-se que a mulher sofre danos, violências, opressões e segue sendo invalidada em diversas áreas sociais devido a uma sociedade derivada do pensamento patriarcal e machista que, em grande parte, tem como justificativa a religião. O fogo, enquanto ente simbólico, tem importância para este contexto. Ele está presente quando há a revisitação da história sobre a inquisição ocorrida durante a Idade Média onde diversas de mulheres foram queimadas vivas por serem consideradas bruxas, assim como Joana D’Arc. Agora, faz-se presente quando se observa os movimentos feministas que queimam símbolos considerados patriarcais na sociedade, principalmente aqueles que retratam algum tipo de pressão estética, comportamental ou cultural, em busca de uma libertação figurativa de tais amarras sociais Em acréscimo, entende-se também que a imagem da luta pelos direitos das mulheres é amplamente atacada e deturpada pelo preconceito velado na sociedade, o que dificulta a divulgação da importância do movimento, que representa uma minoria. A imagem de uma mulher submissa, sem voz e sem direitos é o que é considerado normal e incentivado pela comunidade, justificada, inclusive, por citações da Bíblia (2017) Com a imagem de uma mulher recatada e do lar, entende-se que, com as frequentes violências psicológicas e físicas ocorridas em casa, no trabalho, na rua, as vítimas acabam por se apegar a religião como única forma de resolução de seus problemas, pela desinformação de seus direitos, falta de apoio da sociedade e da família além de sua criação que, culturalmente, é baseada em diversos conceitos religiosos. Com tudo, é observado a importância do movimento feminista e a luta contra todos os preconceitos amplamente enraizados e suas as consequências geradas para o gênero.