ANÁLISE MICROESTRUTURAL DO EFEITO DA ADIÇÃO DE ÓXIDO DE GRAFENO EM ARGAMASSA AUTOADENSÁVEL

Autores

  • João Rafael Greco
  • Valquiria Santos
  • Geovani Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.29327/1386870.6-113

Palavras-chave:

Argamassa autoadensável, Difratometria de raios-x, Microestrutura, Óxido de grafeno

Resumo

Com base nas propriedades mecânicas dos corpos de prova produzidos com os traços de argamassa autoadensável (AAA) com e sem o óxido de grafeno (OG), e a partir da análise de suas microestruturas após a destruição no ensaio de compressão, pode-se apontar que os traços com adição de OG no geral não apresentaram um aumento consistente de seus produtos de hidratação, posto que, constatou-se a diminuição da intensidade de alguns picos referentes à essas fases nos difratogramas da análise de DRX e o ganho nas propriedades mecânicas foi relativamente baixo, quando comparado à literatura. Em contrapartida, pode-se apontar que, uma fase que corrobora muito para o ganho de resistência mecânica, é a fase silicato de cálcio hidratado, que é uma estrutura amorfa e menos densa. Porém, não pode-se constar um aumento significativo na densidade (em quantidade) dos produtos de hidratação nas microestrutura da amostra pela análise no MEV. Vale apontar que, não pode-se obter imagens que diretamente: indicam o efeito do OG de ancorar fases, principalmente a fase C-S-H; apresentem uma mudança na morfologia da fase C-S-H; e, apresentem aglomerados de OG no traço de 0,15% de OG, o que poderia explicar a redução de suas propriedades mecânicas. Por outro lado, dado o efeito de interface do OG com a fase C-S-H e a literatura, pôde-se observar indícios da atuação do OG em determinadas regiões, a partir da visualização de algumas microfissuras sendo ramificadas e interrompidas em regiões da amostra de 0,05% de OG. Ademais, pode-se observar que as argamassas com adição de OG não alteraram o padrão dos picos referentes aos produtos de hidratação do cimento, o que está de acordo com a literatura, dado que o OG não reage gerando novas fases com as matérias primas empregadas na argamassa. Conclui-se que, provavelmente, não atingiu-se uma dispersão e distribuição eficiente das nanofolhas de OG na AAA, assim, não obteve-se o ganho de resistência à compressão esperado.

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Publicado

19.06.2024