HISTÓRIA DA CROMATOGRAFIA NO ENSINO DA QUÍMICA: O DESENVOLVIMENTO DE TÉCNICAS DE SEPARAÇÃO EM MEADOS DO SÉCULO XIX

Resumo

O estudo de caso histórico realizado sobre a cromatografia entre o final do século XIX e início do século XX, permitiu dentro das limitações de uma narrativa historiográfica, uma análise do processo no qual as primeiras técnicas cromatográficas foram desenvolvidas, assim como alguns dos nomes que se destacaram nessa época do recorte histórico.
A partir deste estudo de caso histórico, podem ser realizadas algumas reflexões sobre sua contribuição ao Ensino de Ciências em geral, e para o Ensino de Química em particular.
Primeiramente, é observado que o caso histórico de Tswett pode ser utilizado como um cenário para a exemplificação de uma interdisciplinaridade entre campos da biologia e da química, já que seus trabalhos foram desenvolvidos em tópicos referentes à botânica, como, por exemplo, o estudo dos pigmentos presentes no cloroplasto.
O caso histórico permite também discutir as influências do contexto político e social no trabalho do cientista e da Ciência. Ao longo da sua carreira científica, Tswett mudou-se para diferentes localidades e países devido a fatores contextuais. Por exemplo, pode-se perceber o impacto que a Grande Guerra (atualmente conhecida como Primeira Guerra Mundial) teve em seu departamento acadêmico, em que todos pesquisadores e demais funcionários da instituição precisaram se retirar da cidade devido a iminência da invasão da cidade pelos alemães.
As contribuições de outros cientistas para o desenvolvimento de técnicas cromatográficas também é notável, já que outros nomes como o de Runge apareceram anteriormente a Tswett. Isso pode ilustrar ao estudante que a Ciência é uma construção social que ocorre ao longo do tempo.
Por fim, este caso histórico pode contribuir no auxílio da aprendizagem dos estudantes através da promoção do desenvolvimento do pensamento crítico.