Estudo da biodrying de resíduo de malte e da influência da vazão de ar como variável do processo

Autores

  • Bárbara Luísa de Oliveira
  • Hugo Perazzini

DOI:

https://doi.org/10.29327/1307153.1-111

Palavras-chave:

biodrying, perfil de temperatura, calor biológico, umidade, resíduo de malte

Resumo

Ao fim dos procedimentos, observou-se que a queda significativa da umidade foi alcançada em 3 experimentos. Porém, em uma das bateladas foi constatado que o processo de secagem não ocorreu. O primeiro experimento foi o mais promissor, no qual a umidade em base seca do resíduo, inicialmente de 257,8 [g H2O/g sólido seco], alcançou valores de 20,3 [g H2O/g sólido seco] ao final de 29 dias. A umidade residual atingida no segundo experimento após 21 dias foi de 97 [g H2O/g sólido seco] em base seca, também abaixo do valor inicial de 258 [g H2O/g sólido seco]. Já na terceira batelada, o valor da umidade em base seca foi de 558 [g H2O/g sólido seco] para 154,2 [g H2O/g sólido seco] em 16 dias. Vale ressaltar que os valores de umidade em base seca são maiores que 100% pois, dada a característica e condição inicial do material, é possível que a massa de água contida no mesmo, supere a massa de sólido seco. Assim, pode-se justificar o fato ocorrido observando a relação entre tais parâmetros exposta na Equação (1) já enunciada. A queda de pressão serve como base para que inferências a respeito do nível de compactação do leito sejam feitas. Altos valores de queda de pressão remetem a altas umidades e, então, maior volume de água presente no leito. E ainda, são evidências de que a compactação do leito é elevada. Com relação a influência da vazão de ar como variável de processo, pode-se observar que, desconsiderado os resultados do experimento 4, a secagem foi alcançada indiferentemente a vazão de ar utilizada. Além disso, não foram observadas grandes diferenças no comportamento da temperatura nos experimentos apesar de suas particularidades. Somente pode-se ressaltar a maior homogeneidade do comportamento de tal variável no sentido axial do reator, nos experimentos de menor vazão de ar. Ademais, pode- se observar maiores temperaturas alcançadas nos experimentos de menor vazão de ar (experimentos 2 e 3, de 0,5 L/min). Tal característica é bastante vantajosa pois até mesmo um compressor de menor capacidade pode ser utilizado para a realização da técnica. E ainda, é válido relacionar menores vazões de ar a menores gastos energéticos, o que colabora com a sustentabilidade do processo. Por fim, pode-se concluir que o trabalho tornou possível o entendimento do processo de biodrying, das variáveis intrínsecas à técnica e dos desafios atrelados à realização do mesmo, apesar de se saber que grandes aprofundamentos são necessários.

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Publicado

20.12.2023