Obtenção de ferritas nanoestruturadas para processos avançados de oxidação

Resumo

Conclui-se que as ferritas trazem benefícios com a sua utilização quando o assunto é remoção de contaminantes orgânicos persistentes em água, como os corantes, como foi visto nos testes com o corante azul de metileno. Com a necessidade de fazer o tratamentos em águas residuais e efluentes, este trabalho mostra que tanto a ferrita de cobalto (CoFe2O4) quanto a ferrita manganês (MnFe2O4) são potenciais catalisadores para ajudar na remoção do corante, uma vez que elas demonstraram percentuais de remoção efetivos como 68,57% e 67,17% respectivamente isso sob a incidência de luz. Já os resultados sem a incidência de luz se mostraram menores que os utilizando luz, porém também satisfatórios, removendo 46,79% e 44,09% para as ferritas de cobalto e manganês nesta ordem. Conclui-se ainda que o peróxido de hidrogênio não tem grandes influências sobre os processos degradativos e que ambas as ferritas se mostraram tecnologias interessantes para a remoção deste contaminante orgânico persistente. Além disso, os catalisadores flotantes dispensam a necessidade de agitação e também são de fácil remoção do meio aquoso após o processo de catálise, contribuindo assim para a manutenção e preservação dos ecossistemas aquáticos, além de reduzir o custo do processo devido a falta de agitação. Os próximos passos serão feitos ainda testes de demanda química de oxigênio (DQO) para analisar a taxa de mineralização ainda presente na amostra depois dos testes. Pelo fato da camada de recobrimento ser muito fina, menor que 5 mm, o detector do equipamento de DRX no qual foi feita a caracterização não conseguiu detectar as fases da ferrita de manganês e da ferrita de cobalto nos corpos de prova somente a do CCA. Dessa forma serão feitas novas caracterizações de DRX com o material em pó das duas ferritas com o intuito de analisar as fases do material.