A modelagem matemática e a criticidade aplicadas no ensino de engenharia

Autores

  • Carlos Eduardo Borges
  • Aldo Peres Campos e Lopes

DOI:

https://doi.org/10.29327/1307153.1-163

Palavras-chave:

ensino, engenharia, modelagem matemática, criticidade

Resumo

A criação deste artigo, teve como propósito a análise de trabalhos na área da educação matemática e metodologias de ensino ativas envolvendo Modelagem Matemática. No que diz respeito ao presente artigo, foram  analisados 21 trabalhos, os quais, em relação à Modelagem Matemática foram subdivididos em trabalhos que apresentavam propostas para a engenharia, focando diretamente a Modelagem Matemática no ensino de engenharia nas Ademais, ainda optei pela exclusão de 19 trabalhos, pois estes trabalhos não se enquadram na perspectiva base de pesquisa deste artigo que são eles os mencionados anteriormente.

No que tange às metodologias de ensino ativas da matemática, percebe-se a existência de um entrave, no que se diz respeito a dificuldade e a incipiência na aplicação de novos métodos de ensino da matemática nas salas de aula do ensino superior. Faz-se notório também, que em muitos dos trabalhos analisados, os experimentos de análises de ensino foram utilizados por pesquisadores de mestrado ou de doutorado, o que prova que a prática dessas atividades não está ligada diretamente à formação de alunos que estão em processo de graduação no ensino superior.

No que diz respeito a criticidade, podemos concluir que exceto 1 trabalho não houve conclusão específica sobre o assunto (33%), todos os outros autores concluíram de maneira premeditada ou não, que a aplicação da Modelagem Matematica acarreta e/ou desenvolve no sujeito um senso crítico que o permite atuar de forma crítica no ambiente em que ele está presente. Logo, diante disso, foi possível perceber que o aluno se faz como um protagonista ativo na construção do saber, não aceitando somente o que lhe é apresentado pelo professor Já no que diz respeito a Modelagem matemática, podemos concluir, que também em apenas 1 trabalho não houve a apresentação da Modelagem Matemática sobre o Assunto (33%), todos os outros dois autores concluíram de maneira premeditada que a aplicação de novas metodologias implicam de maneira satisfatória nas flexibilizações de ensino “consideramos o resultado dessa pesquisa satisfatório com relação ao nível introdutório, pois o grupo de alunos pesquisado apresentou indícios de flexibilidade cognitiva durante o processo de modelagem, sendo necessário favorecer a promoção de outras atividades com enfoque transdisciplinar que possibilitem o avanço no desenvolvimento da flexibilidade cognitiva sobretudo em relação ao pensamento analítico que se refere à abstração.” (LOZADA, CLAUDIA DE OLIVEIRA (2014)). Já Jacobini (2004) apresenta em sua conclusão que: ‘Os alunos encontram-se enraizados em modelos pedagógicos centrados exclusivamente na relação “professor ensina o que o aluno deve aprender”. Mesmo criticando tal modelo é difícil para o aluno romper com ele e aceitar, com naturalidade, outras propostas que não tratem exclusivamente de relações matemáticas.’

Tendo em vista o que foi exposto, os resultados aqui apresentados indicam uma janela de oportunidade de pesquisas que auxiliem no desenvolvimento da criticidade em alunos do ensino superior de outras áreas além das ciências exatas. Mais especificamente, as pesquisas que utilizem Modelagem Matemática como alternativa para ajudar problemas existentes nas mais variadas áreas de conhecimento, contribuindo para a criticidade do aluno. Dessa forma, faz-se possível perceber uma vereda profícua de pesquisa que pode começar a dar seus primeiros frutos e configura-se numa região de inquérito rica em possibilidades investigativas.

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Publicado

20.12.2023