DESAFIOS DA LIDERANÇA FEMININA NA ÁREA DE FINANÇAS: UMA ANÁLISE DOS OBSTÁCULOS E OPORTUNIDADES
DOI:
https://doi.org/10.29327/1626690.7-6Palavras-chave:
Desigualdade de Gênero, Liderança Feminina, Representatividade FemininaResumo
Este estudo reforça a importância de discutir os desafios enfrentados pelas mulheres em cargos de liderança no setor financeiro, destacando a persistente desigualdade de gênero, apesar do progresso observado em alguns níveis organizacionais. A pesquisa mostrou que, embora as políticas de inclusão e diversidade estejam avançando, as mulheres ainda enfrentam barreiras significativas, principalmente para ascender a cargos mais altos na hierarquia.
Além da necessidade constante de provar sua competência em um ambiente predominantemente masculino, elas enfrentam desafios como a desconfiança sobre suas capacidades em posições tradicionalmente ocupadas por homens. Outro obstáculo é a dificuldade
em equilibrar responsabilidades profissionais e pessoais, o que torna a jornada para a liderança ainda mais exaustiva. Questões essas que reforçam a necessidade de estudos dessa natureza, pela perspectiva da reflexão.
Considerando esses resultados, sugere-se a estruturação de redes de apoio no ambiente organizacional, como forma de ressignificar as experiências negativas e fortalecer a estruturação de ambientes organizacionais mais saudáveis e inclusivos. No entanto, tais sugestões, embora promissoras, ainda são insuficientes frente à magnitude dos obstáculos. Isso porque o desequilíbrio de gênero em cargos de alta liderança ainda é demasiado expressivo. Embora sejam perceptíveis avanços nas contratações de mulheres em postos de liderança, as estruturas organizacionais carregam as marcas patriarcais e nem sempre a inserção é suficiente para mitigar as pressões sociais e profissionais que as mulheres enfrentam. Precisa haver acolhimento e reconhecimento.
Em síntese, este estudo contribuiu ao explorar essas barreiras e as estratégias utilizadas por líderes femininas para superar as adversidades do campo. Neste estudo, pesquisou-se um percentual pequeno de profissionais de uma única empresa do setor farmacêutico, o que impede a generalização dos resultados. Assim, sugere-se que futuras pesquisas ampliem o escopo para incluir
diferentes setores econômicos e culturais, além de considerar fatores como raça, classe social e orientação sexual, que também influenciam a experiência de liderança feminina e se interseccionam.