RELAÇÃO ENTRE CHUVAS E ROMPIMENTOS DE BARRAGENS DE REJEITOS DE MINÉRIOS: ESTUDO DE CASO PARA MINAS GERAIS.

Autores

  • Douglas do Amaral Goulart e Silva
  • Arcilan Trevenzoli Assireu

DOI:

https://doi.org/10.29327/1626690.7-140

Palavras-chave:

Desastres ambientais, Monitoramento climático, Precipitação, Prevenção de rompimentos

Resumo

Embora o rompimento ocorrido nas oito barragens analisadas neste trabalho tenha sido amplamente creditado na mídia e em artigos científicos, como sendo devido a falhas estruturais e de gerenciamento de tais barragens, os resultados aqui indicam que chuvas após período de estiagens, para 5 dos oito reservatórios analisados, e chuvas intensas e persistentes para dois deles, tiveram alguma contribuição. Os resultados deste estudo, embora não permitam afirmar que as chuvas tenham sido o fator determinante para o rompimento das barragens analisadas, indicam que as mesmas tiveram alguma contribuição em sete dentre os oito casos
analisados. A saturação do solo, devido a chuvas persistentes e eventos intensos, como em Brumadinho e São Francisco (2007), contribuiu significativamente para a instabilidade das barragens. Em aproximadamente 75% dos casos, observou-se que o rompimento ocorreu após chuvas. Mas, as falhas estruturais e gestão inadequada, como nos casos de Rio Verde Cava C1 e Herculano B1, continuam sendo os fatores determinantes. Assim, o monitoramento contínuo das chuvas em áreas de barragens de rejeitos é essencial para prevenir futuros desastres. Recomenda-se que trabalhos futuros integrem essas análises a informações sobre o relevo ao redor dessas barragens.

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Publicado

17.09.2025