DIMENSIONAMENTO DE JARDINS DE CHUVA PARA O CAMPUS DA PUC NA CIDADE DE CURITIBA/PR

Autores

  • Carlos Vinícius Bibiano
  • Marina B. de Macedo

DOI:

https://doi.org/10.29327/1626690.7-18

Palavras-chave:

Bioretenção, Drenagem Urbana, Precipitação

Resumo

O estudo mostrou que o dimensionamento adequado dos jardins de chuva é uma ferramenta essencial para a gestão sustentável das águas pluviais em áreas urbanas com alta impermeabilização, como Curitiba. A partir da análise dos hietogramas gerados para diferentes Tempos de Retorno (5, 10, 25 e 50 anos), ficou evidente que a capacidade de infiltração dos jardins de chuva, dimensionados com base na precipitação P24 de 53,8 mm, foi insuficiente para eventos pluviométricos mais severos. O volume de precipitação excedeu as capacidades projetadas para alguns cenários, especialmente nos eventos de maior TR, o que pode resultar em escoamento superficial não controlado e potencial aumento de inundações. As áreas de bioretenção, com dimensões variadas, demonstraram desempenhos distintos. As regiões Secundária 1 e Priori 3, que possuem as maiores áreas de contribuição, são fundamentais para o controle do escoamento e demandam ajustes no dimensionamento para lidar com eventos de chuva mais intensos. Isso reforça a necessidade de se considerar múltiplos cenários de precipitação e ajustar a infraestrutura verde para aumentar sua eficácia no controle das cheias.
Portanto, conclui-se que os jardins de chuva, como soluções baseadas na natureza, têm grande potencial para aliviar a pressão sobre os sistemas de drenagem convencionais e promover o desenvolvimento urbano sustentável. No entanto, é imprescindível ajustar o dimensionamento dessas infraestruturas para atender a eventos de maior magnitude e garantir um melhor controle das cheias em áreas altamente urbanizadas.

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Publicado

17.09.2025