AS (IM)POSSIBILIDADES DA GESTÃO DA SAÚDE MENTAL DE ENFERMEIROS, NO COTIDIANO DA ASSISTÊNCIA, DE UM PRONTO-ATENDIMENTO DE HOSPITAL DE REFERÊNCIA MACRORREGIONAL

Autores

  • Luthiene Shirley Vieira
  • Davidson Passos Mendes

DOI:

https://doi.org/10.29327/1626690.7-238

Palavras-chave:

Ergologia, Ergonomia, Estratégias, Riscos

Resumo

Durante o estudo, foi possível compreender essa lacuna entre o que devia ser executado e como era executado de fato. Trabalhar em um local de tanta complexidade não se trata somente em executar aquilo que é prescrito, mas gerir cada detalhe dentro do seu processo de trabalho. O trabalho é a gestão permanente das variabilidades presentes no meio. A atividade consiste na realização da tarefa prescrita, considerando as possibilidades e impossibilidades impostas pelas variabilidades, é gerir as mais diversas situações de trabalho levando em conta a qualidade, a saúde e a segurança. Diante de toda a demanda do setor em conjunto com as mais diversas intercorrências, as funcionárias realizam suas atividades buscando formas de atender ao que é demandado da melhor forma possível, com os recursos ali disponibilizados, atuando em conjunto com a segurança e a qualidade dos serviços prestados. Através da análise in loco, utilizando das ferramentas metodológicas que possibilitam a aproximação com o trabalhador, é possível fazer emergir as mais diversas e minimalistas características do trabalho vivo, da atividade real.Dessa forma, entende-se que é necessário se aprofundar nos fatores que não são visíveis ou óbvios, para assim se estabelecer uma maior compreensão das necessidades de todas as articulações desenvolvidas em um contexto de trabalho, bem como as principais questões influenciam em todo o funcionamento da gestão, das atividades, da individualidade e da coletividade, além de desvelar as estratégias que permitem que os trabalhadores atinjam os objetivos esperados pela organização. A Análise Ergonômica do Trabalho, em conjunto com as ferramentas da Ergologia, foi de grande relevância para a compreensão do contexto de trabalho analisado, como a atividade real de trabalho, os constrangimentos, variabilidades e a (im)possibilidades de regulação ali presentes. Ouvir os trabalhadores, atores de suas atividades, possibilita a percepção de como as estratégias individuais e coletivas podem desenvolver a construção das melhorias no ambiente de trabalho.

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Publicado

17.09.2025