AVALIAÇÃO DO SONO, SONOLÊNCIA E CRONOTIPO DE DOCENTES DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA BRASILEIRA
DOI:
https://doi.org/10.29327/1626690.7-248Palavras-chave:
Cronotipo, Professores universitários, Qualidade do sono, SonoResumo
Embora no presente estudo a população tenha baixo valor amostral referente ao número de docentes na universidade, os dados representam significância na qualidade do sono desses profissionais e pressupõe que a desvalorização, cargas excessivas de trabalho, duplas jornadas, o distanciamento do trabalho de casa e da gestão envolvida, mudanças no processo de ensino, são alguns dos fatores que podem gerar sentimentos de incapacidade, estresse e esgotamento profissional, que associados favorecem ao adoecimento físico e mental e, consequentemente, piora da qualidade do sono. A profissão passa uma imagem que a carreira é baseada em pesquisa e não exatamente na função de lecionar e isso pode levar a uma competição entre os pares e criando, muitas vezes, um clima de trabalho desfavorável à integração do conhecimento.
Os resultados evidenciaram que mesmo os docentes que dormiam 8 horas acordavam cansados e tinham sonolência diurna. Este achado revela uma insuficiência do sono, piora da qualidade e a não reparação nas horas destinadas ao sono. Muitos utilizam de estimulantes como excesso de café durante o dia e o consumo de energético para as horas que precisam se estender no trabalho, a maioria é casado e com filhos, muitos não residem na cidade levando a um tempo maior de dedicação ao trabalho no percurso, sendo alguns fumantes e a maioria trabalha em dois períodos (manhã e tarde).
É importante ressaltar que o presente estudo apresenta uma extensa coleta de dados que abrange diferentes variáveis de dimensionamento profissional e do estilo de vida dos docentes, como aspectos de sono, saúde e comportamento, e o cronotipo sendo em sua maioria o cronotipo de matutinidade-moderada, interpretando a relação dessas variáveis observamos que refere-se a pessoas que têm uma preferência natural por acordar e ser mais produtivas nas primeiras horas do dia, mas não de forma extrema. É extremamente importante a mudança de hábitos e prática da higiene do sono como prevenção, o controle de doenças crônicas e esgotamento emocional.