AVALIAÇÃO DO SONO DOS SERVIDORES TÉCNICO ADMINISTRATIVOS DE UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA FEDERAL

Autores

  • Lucas Caniçali Woll Fernandes
  • Felipe Pereira Rocha

DOI:

https://doi.org/10.29327/1626690.7-237

Palavras-chave:

Cronotipo, qualidade do sono, servidores públicos, sono, universidade

Resumo

Os resultados evidenciaram que a população estudada é bem dividida entre homens e mulheres, com uma idade média de 48 anos, renda familiar superior a 6000 reais (70%), grau de escolaridade acima de ensino superior completo (80%), praticamente todos os SAP trabalham em período integral (96%), se declararam não fumantes (74%) e quanto ao consumo de café (84%) fazem ingestão diária. Esses dados apontam que essa população é de certa forma predominantemente homogênea. Nossos resultados sugerem que a maioria dos SAP são do tipo matinal moderado (52%), o que indica que os servidores entrevistados de acordo com seus cronotipos em sua maioria, não tem problema em acordar cedo para irem trabalhar, suas características não parecem interferir na qualidade do sono na relação com o acordar para ir ao trabalho. É importante ressaltar que os SAP (56%) têm má qualidade de sono, o que evidencia que a população estudada se encontra com o sono insatisfatório, o que afeta a qualidade de vida dos servidores e pode até afetar no desempenho do seu trabalho. Portanto é importante ressaltar que a adoção de novos hábitos e a prática da higiene do sono são fundamentais para a prevenção e o controle de doenças do sono, além de ajudar a evitar o esgotamento emocional. Além disso, quanto maior o escore do PSQI (má qualidade de sono), menor é o escore do MEQ (indivíduos vespertinos), explicitando a relação direta entre indivíduos que têm dificuldade de acordar cedo com uma pior qualidade do sono e o teste de correlação de Pearson indica que os SAP com maior idade têm maior probabilidade de serem do tipo matutino, evidenciando a relação do avanço da idade com e o estilo do seu cronotipo. Esses profissionais lidam frequentemente com altas cargas de trabalho, horários rígidos e em alguns casos sobrecarga de tarefas administrativas. A necessidade de manter o funcionamento eficiente da universidade, somada à pressão institucional e à falta de flexibilidade nos horários, pode contribuir para o aumento do estresse e, consequentemente, prejudicar a qualidade do sono. Além disso, as exigências de produtividade em um ambiente com recursos limitados e a pouca autonomia na organização das demandas diárias são fatores que podem desencadear distúrbios do sono. Assim, fica evidente que, além de questões pessoais, os fatores organizacionais também desempenham um papel importante na saúde e bem-estar dos servidores. A qualidade do sono desempenha um papel fundamental na saúde e no desempenho diário dos indivíduos. Neste contexto, os distúrbios do sono podem representar um desafio significativo, afetando não só a saúde física e mental, mas também a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores. Essa pesquisa foi de suma importância para caracterizar e evidenciar esses problemas nesse contexto, onde poucos estudos investigaram a associação entre qualidade do sono e trabalhadores públicos.

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Publicado

17.09.2025